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Agronegócio é vocação brasileira

3 min de leitura
10/02/2017

Estudos publicados na Revista Agroanalysis, da Fundação Getulio Vargas, revelaram que se comparando a safra agrícola brasileira de 2004/05 com a de 2015/16 o crescimento da área de plantio foi de 18,83%, a produção de grãos avançou 62,52% e a produtividade média por hectare evoluiu 36,75%. Essa tem sido a lógica da oferta de grãos nos últimos 40 anos e decorre da convergência de múltiplas condicionantes que se associam numa perspectiva de tempo e, entre elas, a criação da Embrapa em abril 1973 e sem demérito de nenhuma outra instituição de pesquisa pública ou privada. Entretanto, já em 1949, a Associação de Crédito e Assistência Rural (Acar), hoje Emater-MG, lançava com a Agroceres um pioneiro programa de difusão do milho híbrido, tecnologia de ponta à época.

Inovar exige acesso à pesquisa agropecuária e permanente sintonia com os mercados interno e externo, pois a rentabilidade da inovação proposta é fator decisivo à sua adoção nos sistemas agroalimentares. Num cenário maior, as safras agrícolas têm uma profunda vinculação com as chuvas escassas ou abundantes, que podem afetar as colheitas e com perdas de milhares de toneladas de grãos, cereais e oleaginosas. Noutro ângulo, comparando-se o ano de 2007 com o de 2016 as exportações brasileiras de carne bovina passaram de US$ 4,42 bilhões para US$ 5,33 bilhões ou mais 20,58%, a preços correntes, e as de frango somaram US$ 12,99 bilhões entre 2015/16.

No cenário mundial, percentualmente nas exportações e segundo a Agroanalysis, o Brasil em 2016/17, como produtor, deve continuar ocupando os primeiros lugares no suco de laranja, café, na laranja e no açúcar. Os segundos lugares na soja, carne de frangos, carne bovina e no milho, e nos quartos lugares no óleo de soja e na carne suína. Como exportador ao liderar as exportações do suco de laranja, açúcar, da soja, carne de frango, carne bovina, do café, e nos segundos lugares no milho e óleo de soja. Em 2016, o superávit das exportações do agronegócio brasileiro foi de US$ 71,30 bilhões.

Além disso, em 2016/17, a cafeicultura mineira lidera a produção nacional e responde por uma média histórica de 50,% da colheita dessa bebida emblemática e participa na média de 70,% nas vendas externas do café arábica. O País é o maior produtor mundial de café. Outrossim, Minas Gerais abriga também o segundo maior polo de horticultura, que gera 360 mil empregos diretos rurais e mais 250 mil na fruticultura, o que devem aliar inovação e sustentabilidade.

Muitos analistas insistem que o Brasil precisa diversificar mais a sua pauta de exportações, correto, e não confiar demais nas commodities agropecuárias, o que é um equívoco elementar. Os EUA são ainda a maior potência mundial econômica, militar, científica, tecnológica e também na produção de alimentos. O Brasil ocupa o segundo lugar de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (ONU/FAO). Ricos, pobres, remediados, nobres e plebeus dependem dos alimentos e sem falar noutras formas de vida.

Se não fora o agronegócio, a crise na economia brasileira poderia ser muito mais grave do que é, embora haja solução no médio e longo prazos ou poderá se perder o trem da história num mundo em permanente mudança.

 

Diário do Comércio Online - MG
Publicação: 10/02/2017

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