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Apetite de investimento dos chineses no Brasil gera emprego e renda

3 min de leitura
03/05/2017

Em 2016, os chineses investiram no Brasil quase US$ 12 bilhões.
Esse ano, os números podem chegar a US$ 20 bilhões.

A China já descobriu o Brasil há alguns anos, mas depois de um período em baixa, os investimentos chineses deram um novo salto e resultaram em bilhões de dólares para nossa economia. Essa ‘invasão’ chinesa você acompanha na reportagem especial de Elaine Bast.

O que já foi conhecido como negócio da China está se transformando em negócio pra China. E os chineses chegam com apetite de investimento no Brasil.

A China vem liderando as compras por aqui - na frente até do investidor brasileiro e bem na frente do argentino e do holandês. Fazia um tempo que não entrava tanto dinheiro da china por aqui. Em 2010 chegou a US$ 12,5 bilhões, momento em que a China colocou um pé no freio.

Os investimentos aqui despencaram com a nova política econômica do Brasil e a queda no crescimento chinês. Há dois anos começou a mudar - e que mudança

Quase cinco bilhões de dólares e, 2015, mais do que o dobro em 2016 e só nos primeiros 107 dias de 2017 chegou a quase metade do ano passado todo.

Nesse ritmo pode chegar a vinte bilhões de dólares. É o que diz o coordenador do centro de comércio global e investimento da FGV, que é parceiro da organização mundial do comércio.

Nesse novo ciclo de investimento o setor que mais tem recebido o dinheiro chinês é o da energia elétrica. Este ano uma empresa chinesa adquiriu o controle acionário da CPFL Energia, que distribui eletricidade para quatro estados do Brasil.

Em um escritório em São Paulo também é assim, onde fica a sede brasileira da empresa que construiu a maior usina hidrelétrica do mundo: a Três Gargantas, que fica no Rio Yantze, na China.

A companhia está aqui há 3 anos e nesse período curto já investiu 20 bilhões de reais no país. A combinação da experiência dos chineses no setor de energia e o conhecimento dos brasileiros nessa área tem sido estratégica para a expansão dos negócios.

Liu Yujun é o vice-presidente de desenvolvimento de negócios e conta que aprenderam a construir usinas com os brasileiros. “Nós valorizamos muito essa troca de tecnologias e do nosso ponto de vista, temos ainda muito o que aprender com nossos colegas brasileiros e ficamos felizes em ver que eles querem aprender com a gente também".

E tem mesmo muito brasileiro querendo aprender. Evandro Vasconcelos é novato, entrou na empresa faz seis meses, mas já tem 36 anos no setor de energia e já se assumiu como parte da empresa.

“Nós vamos investir entre 2,5 bi a 3 bilhões para reformar duas usinas apenas. Então um grande investimento, complexo e que a gente está fazendo com a tecnologia brasileira e chinesa também”.

Os chineses também interessados em diversificar as operações no Brasil: já estão presentes na área de transporte, empresas aéreas e setor automobilístico.

“A gente está passando por um período de crise, então, naturalmente os investimentos são muito bem-vindos porque precisa retomar taxas de crescimentos elevados. E os investimentos chineses em infraestrutura como está acontecendo agora são bem-vindos”, explica Lucas Ferraz, coordenador do Centro de Comércio Global e Investimento da FGV/EESP.

Portal G1 - SP / Jornal Hoje
Publicação: 02/05/2017 Hora

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