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Novo incentivo a combustíveis limpos

3 min de leitura
17/01/2018

O RenovaBio valoriza os biocombustíveis e melhora a qualidade do ar.

O ano de 2017 termina com a aprovação da Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio. Trata-se de uma política de Estado de descarbonização do transporte brasileiro, em consonância com compromissos assumidos pelo Brasil.

Os objetivos das diretrizes governamentais são valorizar os biocombustíveis produzidos entre nós e melhorar a qualidade do ar nas grandes metrópoles, gerando novos empregos e renda, além de incentivar a inovação tecnológica.

Hoje, a poluição do ar é considerada o mais acentuado risco ambiental à saúde da população. Pesquisas recentes da OCDE calculam que a cada ano perto de 3 milhões de pessoas falecem prematuramente no mundo por causa de enfermidades respiratórias, como o câncer pulmonar, asma, bronquite, associadas aos derrames e infartos. Segundo a USP, respirar o ar de São Paulo por duas horas no trânsito é o mesmo que fumar um cigarro.

Ademais, far-se-á a diminuição da importação de gasolina e do diesel, promovendo crescimento da produção e do uso de biocombustíveis na matriz energética nacional. São estimadas compras externas em cerca de 24 bilhões de litros de gasolina e 28 bilhões de litros de diesel por ano em 2025, com o dispêndio anual de 20 bilhões de dólares, a valores atuais.

Perto de 80% dos habitantes do planeta vivem expostos aos níveis de poluição superior acima das recomendações da OMS. Nas Nações de renda média e baixa, como é o caso da Índia, os índices alcançam 98%.

Na capital indiana, Délhi, a atmosfera é cinco vezes mais poluente do que deveria acontecer, a ponto de exigir, inclusive, a interferência da mais alta Corte Judiciária do País.

França, Alemanha, Reino Unido e Índia já revelaram que irão suprimir a circulação de veículos movidos a derivados de petróleo, nas próximas décadas. O etanol tem o grande potencial de substituir tais derivados de petróleo.

Nos próximos vinte anos, o Brasil estará usando petróleo numa escala gigantesca, eis que o governo prevê a concessão de incentivos fiscais e subsídios na exploração do Pré-sal.

Estima-se a outorga de US$ 300 bilhões de subsídios às empresas petroleiras, para perfurações em reservas “offshore”.

Os preocupados comentários de ONGs e ativistas, asseverando que o Brasil, possuidor da maior reserva de biomassa do mundo, terra dos combustíveis renováveis e limpos, se afaste do cumprimento das metas indispensáveis para conter o aquecimento global e zerar as emissões de CO².

Diversos países, predominantemente os nórdicos, liderados pela Dinamarca, envidam esforços para conseguir que toda a energia seja renovável e menos poluente, com o crescimento das fontes solar, eólica e de ondas.

Para o ministro da energia da Dinamarca, Lars Christian Lilleholt, hoje os dinamarqueses lideram a economia verde e continuam a trabalhar rumo à sociedade de baixas emissões. O estadista declarou à imprensa brasileira que o processo rumo à economia de baixo carbono traz “um conjunto de oportunidades novas e empolgantes para os setores empresariais”. O ex-ministro da Agricultura e coordenador do Centro de Agronegócios da FGV EESP, Roberto Rodrigues, sobre o RenovaBio, disse que “caminharemos para cumprir compromissos assumidos pelo Brasil na COP 21 de reduzir em 37% as emissões de gases de efeito estufa até o ano de 2035, com base nas emissões de 2005”.

DCI Online - SP / Notícia
Data de publicação: 17/01/2018

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