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Os cursos de mestrado que o mercado quer

3 min de leitura
09/11/2017

Tão robusto quanto uma pós-graduação acadêmica, mas mais conectado com o mercado, o mestrado profissional se tornou a preferência dos alunos. A oferta saltou de 184 para 771 cursos em dez anos

Regulamentado no país há quase 20 anos, o mestrado profissional dá as condições para que o aluno faça pesquisa e aprenda a aplicá-la no trabalho. A cada ano, a oferta de cursos da modalidade cresce num ritmo de dois dígitos. No início, havia três cursos. Em 2007, esse número saltou para 184. Hoje são 771. Na mesma velocidade, cresce a procura de alunos interessados em se qualificar com um lastro na teoria, mas sem deixar de trabalhar em sua área. Para esses profissionais, o mestrado acadêmico não é uma opção.

“O mestrado acadêmico é uma jabuticaba. Nos anos 1960, o Brasil queria ter professores mais qualificados e, por isso, criou o mestrado. Mas, em outros países, se um aluno é bom e quer seguir carreira acadêmica, ele vai diretamente para o doutorado”, afirma Antônio Freitas, pró-reitor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e integrante do Conselho Nacional de Educação (CNE). “As grandes descobertas da ciência surgiram quando os cientistas eram novos e os neurônios estavam frescos. Por isso, faz sentido que os alunos passem a se dedicar imediatamente a pesquisas inéditas no doutorado.” Essa é a lógica que países como Estados Unidos e Alemanha seguem. Por lá, os mestrados são voltados à prática.

Os mestrados profissionais, portanto, chegaram para corrigir uma distorção que ocorre no Brasil em relação a países economicamente mais desenvolvidos. Por aqui, a maioria dos pesquisadores mestres e doutores atua nas universidades, e não nas empresas. “Os mestrados profissionais permitem que o conhecimento científico disponível em diversas áreas possa ser usado para elevar a qualidade dos serviços, processos e produtos”, diz Hélio Suguimoto, diretor de pós-graduação stricto sensu da Kroton, o maior grupo de universidades privadas do Brasil.

A administradora Julia Oliveira da Paz, de 28 anos, nunca cogitou entrar para a vida acadêmica. Quando decidiu cursar o mestrado profissional em gestão internacional, na FGV de São Paulo, ela nutria o desejo de voltar a estudar e melhorar o currículo para cavar  uma promoção. Dos dois anos do curso, um deveria ser feito fora do país. Julia saiu da empresa onde estava e morou em Londres e Paris, num período dedicado totalmente aos estudos. “Menos de um mês depois de voltar, consegui um emprego melhor numa multinacional”, diz.

Assim como ocorre com o mestrado acadêmico, a modalidade profissional também habilita o aluno a seguir a carreira docente no ensino superior. Isso abre a possibilidade de profissionais que hoje se dedicam exclusivamente ao mercado de trabalho seguirem para a academia no futuro.

Saiba +: Época

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Fonte: Época
25/06/2017

 

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