O Problem-Based Learning (PBL) é a metodologia ativa de ensino que utiliza problemas complexos para embasar o aprendizado. Em pequenos grupos, alunas e alunos aprendem modelos, instrumentos e conteúdos teóricos a partir do entendimento e resolução de um problema da vida real, sob supervisão de docente da área. 

A dinâmica de resolução dos problemas ocorre em três etapas. Na pré-discussão, o grupo explora o problema, levanta ideias e define os objetivos de aprendizagem. Durante a fase de autoestudo, as/os estudantes se debruçam sobre a bibliografia acerca do conteúdo alvo de aprendizado. E na pós-discussão, o grupo expõe a solução proposta e, sob a supervisão da/do docente, resolve dúvidas e aprofunda o entendimento do conteúdo. Em cada tutorial, o/a tutor/a realiza a avaliação de engajamento e fornece feedback estruturado para as/os alunas/os. Dessa maneira, as/os estudantes podem monitorar de perto o seu progresso acadêmico e traçar as melhores estratégias de estudo e aprendizagem ao longo do curso. 

Na FGV EESP, o PBL é empregado no curso de graduação desde 2013. 

Tutorial do Curso de Graduação em Economia da FGV EESP

Exemplo de problema do PBL: 

Problema da área de Econometria. Tópico: a noção de causalidade. 

A imagem abaixo nos leva a uma conclusão óbvia: gatos são surpreendentemente densos! 

Bibliografia: STOCK, James H.; WATSON, Mark W. Introduction to econometrics (2ª edição), 2012. Seções 1.1 a 1.3. 

Saiba mais sobre sobre o PBL acessando o vídeo
 

Quer conhecer exemplos de problemas do PBL?
Acesse o Banco de Problemas PBL da FGV EESP abaixo nessa página. 
 

O Project Based Learning (PjBL) utiliza projetos como principal ferramenta de aprendizagem. Em equipes, estudantes propõem uma solução viável para um desafio complexo, proposto por um parceiro do setor público ou privado. Sob supervisão docente, elaboram um projeto com as etapas de planejamento e execução da solução proposta. A elaboração do projeto se dá em três etapas. No nivelamento, o grupo é apresentado a informações básicas sobre o tema do projeto. Durante o engajamento, a problemática é explorada pelo grupo para a realização de um diagnóstico baseado em evidências. Na fase de desenvolvimento, há uma ampla discussão e extensa troca sobre as soluções propostas e sua conexão com o diagnóstico, além das etapas operacionais de elaboração de um projeto, como comunicação, pessoas envolvidas, cronograma e orçamento. Nas reuniões de trabalho, os grupos recebem orientação do/a professor/a e feedback sobre como melhorar a solução proposta e aprimorar suas habilidades de trabalho em grupos. Os projetos finais são apresentados a uma banca de docentes e clientes potenciais. 

Na FGV EESP, o PjBL é empregado no curso de graduação desde 2013.

Exemplo de projeto do PjBL: 

Projeto do segundo ano do curso de graduação em Economia. 

Você já deve saber que a participação das mulheres nos cursos de graduação e pós-graduação em Economia é menor do que a dos homens e, portanto, as mulheres estão subrepresentadas no mercado de trabalho na profissão. A desigual distribuição de gênero entre as diferentes profissões e ocupações não é uma particularidade nossa. Há muito mais mulheres no setor de enfermagem e muito mais homens na área das engenharias. Essas diferenças na escolha ocupacional acabar por se refletir nas oportunidades de emprego, na qualidade dos postos de trabalho e na remuneração, levando a um gap salarial entre homens e mulheres. Pode-se argumentar que, se essas diferenças são frutos de escolhas, o resultado não deveriam ser um problema em si. Entretanto, há evidências de que essas escolhas não são frutos apenas de preferências distintas entre homens e mulheres, mas que também são efeito de estereótipos de gênero e normas sociais. Nesse caso, faria sentido estabelecer políticas ou programas que atuassem em aumentar o interesse e a participação de mulheres em algumas profissões. Esse é o seu papel ao longo do semestre: propor uma solução para aumentar o número de mulheres na profissão de economista no Brasil.

Na FGV EESP, o PjBL é empregado no curso de graduação desde 2013. 

Confira um dos projetos apresentados!

"Novo Modelo de Admissão: Uma Proposta", por André Winkler Heemann, Manuela Nui Outsubo e Nícolas Goulart de Moura.
 

O Contextual Learning Experience (CLE) é uma metodologia desenvolvida em 2020 pelo NAPPE para atender o perfil dos alunos e alunas dos cursos de pós-graduação profissional e executiva da FGV EESP. No CLE, as aulas são divididas em três blocos. Na primeira etapa, o tema da aula é apresentado a partir de uma motivação concreta. A segunda etapa é dedicada à exposição do conteúdo pelo/a professor/a por meio de diferentes estratégias pedagógicas. Na terceira etapa, é realizada uma aplicação prática do conteúdo aprendido, desenvolvida em grupos de alunos e alunas. Ao final de cada aula, os grupos realizam a entrega de um produto, resultado da atividade desenvolvida. As entregas são avaliadas pelo/a professor/a e pelo/a monitor/a da disciplina e as/os estudantes recebem um feedback de seu desempenho no início da aula seguinte, para que possam monitorar de perto o seu progresso. 

Exemplo de aula do CLE: 

Aula sobre os efeitos de intervenções governamentais nos resultados do mercado. 

Aplicação ao caso de mercado de trabalho 

“O anúncio de que a Uber não vai mais intermediar o delivery de comida no Brasil através da plataforma Uber Eats caiu como uma bomba no setor. E não faltam possíveis explicações. (...) O timing da mudança, porém, levantou suspeitas. O anúncio ocorreu um dia depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionar uma lei que obriga os aplicativos de delivery a pagar auxílio aos entregadores em casos de acidentes durante o trabalho e de contaminação por covid-19.”   

(Fonte: https://www.uol.com.br/tilt/noticias/redacao/2022/01/10/fim-do-uber-eats-no-brasil-mudanca-global-e-treta-com-ifood-podem-explicar.htm) 

Atividade em grupo: estudar os efeitos da introdução de um salário-mínimo aos entregadores por aplicativos sobre o número de trabalhadores empregados nesse setor e os rendimentos dos entregadores, discutir os aspectos redistributivos e o resultado em termos de bem-estar para a sociedade como um todo. 

O Team-Based Learning é uma metodologia ativa de ensino que combina a preparação prévia do(a) estudante, a verificação de aprendizagem por meio de instrumentos de avaliação individual e coletivo e a discussão em grupos de um caso concreto, em que os conceitos aprendidos são aplicados.

Na primeira etapa, os(as) alunos estudam material recomendado pelo(a) professor(a) e chegam preparado(a)s para a sessão do TBL. Na segunda etapa, os(as) estudantes respondem a um teste de conhecimento individual (i-Rat), cujo objetivo é verificar a compreensão dos conceitos estudados. Em seguida, realizam o mesmo teste, mas dessa vez em grupos (g-Rat), com o propósito de comparar suas respostas prévias e - ao pares - solucionarem dúvidas e chegarem a um consenso sobre a resposta correta para cada item do teste. Na terceira etapa, um caso significativo é apresentado aos grupos. Ao responderem a um conjunto de perguntas relativas ao caso, os diferentes grupos trazem insumos para a sua discussão, de forma complexa. A dinâmica se dá por meio da divulgação simultânea das respostas dadas pelos grupos e pela arguição que o(a) professor(a) faz acerca das escolhas de resposta.

Na FGV EESP, o TBL tem sido utilizado desde 2024, em disciplinas instrumentais, como Matemática Financeira.

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